sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Memorial da Resistência


São Paulo, 2012

Hoje, anos após o fim da ditadura, em visita ao Memorial da Resistência, no prédio que abrigou a sede do Departamento Estadual  de Ordem Política e Social de São Paulo - Deops/SP, uma das polícias políticas  mais atrócidas durante o regime militar, localizado na Pinacoteca do Estado de São Paulo, pudemos ver de perto a realidade da repressão militar na ditadura.

Vizualizamos imagens exclusivas, os locais onde os presos eram encarcerados e torturados, programas da mídia que sofreram censuras, formas de açoites, etc.

Em seguida, algumas das imagens colhidas na visita:

     Imagem da invasão da Pontífica Universidade Católica




  Dona Flor e seus dois maridos (Novela Censurada)




                                          Selos contra a Ditadura apreendidos                                                                                                                                 
 
Cárcere

      Cárcere 

                            Cárcere que acolheu muitos universitários revolucionários


Fonte:http://www.memorialdaresistenciasp.org.br/sobre-o-memorial-da-resistencia.html
           * Imagens próprias

"Só tem amor quem tem amor pra dar" - Jingle Polêmico!

São Paulo, 1972

A Empresa Pepsi-Cola acaba de lançar um jingle, "Só tem amor quem tem amor pra dar", criado por Sá, Zé Rodrix & Guarabira, e está sendo uma sucesso. Porém, o poder militar vê a letra como uma afronta, pois ele reflete o ensejo de toda a juventude da época: a liberdade. Sim! As pessoas podem querer escolher sua aparência e comportamento, mas não vão escolher o seu refrigerante, ele tem que ser Pepsi!

Vamos esperar e ver se vai acontecer alguma represália!


Jingle

Hoje existe tanta gente que quer nos modificar
Não quer ver nosso cabelo assanhado com jeito
Nem quer ver a nossa calça desbotada, o que é que há?
Se o amigo está nessa ouça bem, não tá com nada!

Só tem amor quem tem amor pra dar
Quem tudo quer do mundo sozinho acabará
Só tem amor quem tem amor pra dar
Só o sabor de Pepsi lhe mostra o que é amar
Só tem amor quem tem amor pra dar
Só o sabor de Pepsi lhe mostra o que é amar
Só tem amor quem tem amor pra dar
Nós escolhemos Pepsi e ninguém vai nos mudar

                     
                    
(Foi verificado que o governo não vetou a veiculação da propaganda, 
pois compreenderam que a mensagem não tinha intenção ofensiva).



Fonte: http://www.infantv.com.br/pepsi.htm
http://www.youtube.com/watch?v=iX5_ai6OKp0
http://jovempan.uol.com.br/videos/confira-um-polemico-jingle-da-pepsi-

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Os Freis também choram!


No final de 1960, os frades dominicanos lutam contra a ditadura militar em São Paulo, incentivados pelo retorno ao cristianismo primitivo proposto no Concílio Vaticano II, que apresentava como objetivo a busca pela justiça, liberdade, verdade e amor . Os freis Tito, Betto, Oswaldo, Fernando e Ivo são os principais envolvidos e apoiadores do grupo de guerrilheiros ALN ( Açao Libertadora Nacional) comandado por Carlos Marighella. 

Os freis Ivo e Fernando são presos no Rio de Janeiro e acusados de traírem a Igreja; frei Betto é capturado no interior do Rio Grande do Sul e posteriormente enviado para o presídio Tiradentes, em São Paulo, onde estava o seu grupo. 

Os freis foram julgados e sentenciados a 4 anos de reclusão. Frei Tito foi liberto; exilado na França, não consegue superar as sequelas sofridas pela tortura e suicida-se em 1974.


quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Da Lei da Anistia

São Paulo, 1 de novembro de 1979

Mais um sinal de esperança surge para nós, povo brasileiro, que somos submetidos e enfrentamos esse governo abusivo há uma década e meia. Já aprovada em agosto por João Figueiredo, hoje, primeiro de novembro de 1979, vemos o benefício que a Lei da Anistia proporcionou aos exilados políticos, dentre tantas outras pessoas que sofreram com as represálias impostas pela censura.

Há mais de dez anos lutamos pela anistia em nosso país, de início tímido, com a voz de estudantes, jornalistas e alguns políticos e com o passar dos anos - e nenhum resultado - mais adesões foram feitas. Depois de tanto tempo de luta e de comitês formados com filhos, mães, esposas e amigos de presos, uma parte de nossa busca foi atingida.

O que queríamos era uma anistia ampla e irrestrita a todos os companheiros de luta que foram exilados  durante a época mais tensa e rude da opressão que sofremos. Muitas vezes chegamos perto de conseguir, mas nossos esforços acabavam sendo em vão e, nossos projetos, recusados.

Ano passado, em junho, fundamos no Rio de Janeiro o Comitê Brasileiro pela Anistia e diante de movimentos tão fortes, o governo acabou por encaminhar o projeto ao governo, porém com suas modificações, que beneficiavam em grande parte os militares, principalmente aqueles que foram responsáveis pelas práticas de tortura.

Conseguimos colocar quase três mil pessoas participando, em Brasília, de um ato público a favor da lei e ganhamos, por 206 votos contra 201. Foi algo tão bonito que hoje, dois meses depois, vendo o resultado dessa batalha, ainda tenho um sentimento de vitória que há tempos não sabia mais o que era.

O benefício atingiu estudantes, professores e cientistas afastados das instituições de ensino e pesquisa nos anos anteriores, mas excluiu os condenados pelos "crimes de sangue", atos de quando utilizávamos a luta armada para combater o regime militar.

Nosso apelo por uma anistia irrestrita não foi aceito e é revoltante ver militares que participaram da tortura contra tantas pessoas queridas sendo anistiados, mas considerando o que vínhamos enfrentando, já é mais uma luz brilhando, que nos incentiva a não desistir da luta. Tínhamos cinquenta e dois presos políticos. Até o momento dezessete já foram liberados e continuamos à espera de que os outros trinta e cinco também tenham essa sorte.
 
A luta ainda não acabou, mas vencemos uma batalha!
 

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Movimento Estudantil acaba em Morte


Rio de Janeiro, 30 de março de 1968

No dia 28 de março, estudantes estavam organizando uma passeata relâmpago para protestar contra o alto preço da comida servida no restaurante Calabouço. A Polícia Militar, que outras vezes já havia reprimido os estudantes no local, chegou ao restaurante. A primeira investida da polícia conseguiu dispersar os cerca de 600 manifestantes, que se abrigaram dentro do Calabouço. Porém, os estudantes reagiram com paus e pedras, o que fez a polícia recuar.
Os policiais voltaram com maior violência, dessa vez atirando contra os estudantes e invadiram o restaurante. Na invasão cinco estudantes ficaram feridos e dois foram mortos pela polícia. Um foi Benedito Frazão Dutra, que morreu no hospital, o outro foi Edson Luís, que levou um tiro covarde no peito à queima-roupa de uma arma calibre 45. O enterro do jovem estudante transformou-se em um dos maiores atos públicos contra a repressão.
As manifestações estudantis são os mais expressivos meios de denúncia e reação contra a subordinação brasileira aos objetivos e diretrizes do capitalismo norte-americano.  Não podemos evitar o fato de vidas serem sacrificadas, mas tudo que nós, estudantes, reivindicamos é em prol do futuro de nosso país.
Ou vocês querem que a forte influência norte-americana tome conta de nosso Brasil? Alguém quer que seja estabelecido o ensino pago (principalmente no nível superior)? Alguém deseja que o direcionamento da formação educacional dos jovens seja para o atendimento das necessidades econômicas das empresas capitalistas?

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Milagre?


Não há desenvolvimento, se o crescimento econômico não acrescenta nada ao crescimento social. Assim podemos descrever o "milagre econômico"

Ministro Delfim Neto
"Temos que esperar o bolo crescer para depois distribuir os pedaços"- durante o regime militar.

No governo de Médici,o crescimento econômico no Brasil chegou a ser superior a 10% do Produto Interno Bruto, o país estava crescendo de forma otimista. As políticas de Vargas e Kubitschek tiveram um grande investimento industrial e negociações estrangeiras. Enquanto o país crescia economicamente, a população continuava com os piores índices sociais, devido a inflação, o arrocho salarial e os preços caros dos alimentos.

Os sindicatos se movimentavam contra essa tragédia social, mas eram silenciados pelos militares. Apesar do desenvolvimento industrial repentino que gerou milhões de empregos, também aumentou a divida externa.

José Dantas:
“Esse modelo econômico se baseou na indústria de bens de consumo duráveis (automóveis, eletrodomésticos etc.) que, durante os efêmeros anos do milagre, experimentou elevado crescimento. Logo, a ilusão do milagre desvanesceu-se, ja que o mercado interno não incorporou os segmentos mais pobres da população como consumidores.”

Houve um crescimento econômico e a exclusão social, militares usavam a propaganda como principal ferramenta, pois mais pessoas teriam acesso a televisões e rádios. Foi nessa época que a Rede Globo cresceu pelo país e começou a controlar as comunicações, sendo a “porta-voz” das propagandas políticas, gerou um conceito popular de que o Brasil estava caminhando para as potencias mundiais.


Fonte: http://wallacemelobarbosa.blogspot.com.br/2012/01/movimento-contra-carestia-reacao-dos.html

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

É decretado o AI-5


Brasília, 14 de Dezembro de 1968

Segundo o "Jornal do Brasil", na noite de ontem, com o objetivo de administrar a crise política, o Governo do General Arthur da Costa e Silva baixou o Ato Institucional nº 5, e com base nele, o Ato Institucional Complementar nº 38, que decretou o recesso do Congresso Nacional por prazo indefinido.

Entre as resoluções do AI-5, suspendeu-se os direitos políticos, e proibiu-se atividades e manifestações sobre assuntos dessa natureza, condicionando a infração a severas penalidades, desde a liberdade vigiada ao domicílio determinado. Para garantir a ordem, os quartéis manter-se-ão em rigoroso regime de prontidão, e mobilizarão integralmente as Polícias Federal, Militar, Civil e a Guarda Civil.



(Nota: Merece reflexão o fato que o Ato Institucional, quando editado, não suscitou oposição significativa e só foi revogado pouco mais de dez anos depois por um outro governo da ditadura no começo de 1979.)


Fonte: http://www.memoriasreveladas.arquivonacional.gov.br/campanha/edicao-do-ai-5/index.htm 
            http://www.jblog.com.br/hojenahistoria.php?itemid=6283 

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Baú de crueldades

São Paulo, 1974

Finalmente alguém tomou alguma atitude em relação às torturas que tantos de nós sofremos nos últimos seis anos. “Nosso” presidente, – e digo nosso entre aspas mesmo, porque esse país que deveria ser “nosso”, não é – Ernesto Geisel, resolveu adotar algumas medidas para que as táticas de torturas sejam diminuídas e chegou, inclusive, a afastar militares da “linha dura” do Exército. Essa última muito bem conhecida pelos bravos guerreiros que sofrem represálias diariamente, durante nossas batalhas contra esse modo de governo opressivo, cego, surdo e que faz questão de nos emudecer.

Desde 1968 que as torturas foram se tornando cada vez mais duras e menos humanas. Ainda não consigo acreditar que homens sejam capazes de maltratar outros homens da maneira que eu vi acontecendo tantas vezes. E dessa época pra cá, esses atos abusivos foram amplamente empregados contra pessoas que tivessem qualquer envolvimento que fosse com os bravos da luta armada.

Não bastassem as torturas psicológicas que os militares já faziam, ainda aprenderam novas táticas com militares americanos e a partir de então, invadiram casas e locais de trabalho, para levar consigo os futuros torturados. Quantas noites passamos sem saber por que tal companheiro ainda não havia vindo nos encontrar e temendo que tivesse sido capturado. E um de nós capturado poderia significar mais alguns na mira dos militares.

Os que voltaram para casa relatavam com dor os momentos de desespero vividos, contavam sobre os suplícios duradouros, que prolongavam-se por horas, repetidos por dias e praticados por mais de um opressor. As táticas eram assombrosas e me recuso a relatá-las, pois loucos existem em todo lugar e não sei a quantas essa atitude do presidente anda. Espero que sua ordem seja cumprida e possamos andar com um pouco menos de medo.

Continuamos na luta, já passamos por muita coisa e ainda vem mais pela frente. Esperamos pelo dia em que o ser humano volte a ser respeitado aqui em nosso país. Novamente, continuamos tristes com tantas repressões e injustiças, mas temos um motivo pra enxergar algum pontinho brilhante no final do túnel, não paramos de lutar.

Até breve!


Fonte: http://mundoestranho.abril.com.br/materia/quais-foram-as-torturas-utilizadas-na-epoca-da-ditadura-militar-no-brasil

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Terrorismo Cultural


Rio de Janeiro, 1968


A peça "Roda Viva" de Chico Buarque que estreou neste mês de janeiro no Teatro Princesa Isabel, criou polêmica  e acabou sendo censurada.  Durante uma de suas apresentações, o espetáculo foi atacado pelo terrorismo paramilitar do Comando de Caça aos Comunistas (CCC). 


A peça que contava a história da ascensão e a queda de um ídolo, preenchido com paródias bíblicas e com cenas antropofágicas, resultou em atores espancados e cenários destruídos pelos integrantes do CCC.

Fontes: http:/www.professorsergioaugusto.com/news/ditadura-militar-1964-4985/
http://www1.folha.uol.com.br/folha/publifolha/ult10037u361630.shtml

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Punição sem punição

(1964-1985).
Anos de chumbo, assim é chamada a época do pesadelo de quem era contra a ditadura, haviam torturas que chegavam a matar muitas pessoas. Militares ensinavam as torturas que seriam aplicadas desde o momento da captura dos “infratores”. Os quartéis e delegacias tinham material isolante para que não fossem ouvidos os gritos dos presos causados pela tortura que se repetia por dias.

Abusavam de choques, porradas e drogas para arrancar informações. A Cadeira do Dragão era uma “cadeira elétrica”, onde o preso ficava pelado recebendo choques, no Pau de Arara amarravam as pernas juntos com os braços entrelaçados a cerca de 20cm do chão, o que causava dores atrozes, Espancamentos, Afogamentos, a Geladeira em que o preso ficava por muito tempo exposto a temperaturas extremas, entre outros.





Ninguém foi punido por essas torturas, devido a Lei de Anistia, onde todos os envolvidos serão perdoados pela justiça.



Destruição de documentos comprometedores

São Paulo, 1981.

Soubemos hoje, por fonte segura, que o Serviço Nacional de Informações obteve ordem para destruir quase 20 mil documentos secretos, que poderiam ser usados contra eles, caso algum dia obtenhamos a democracia e a paz de volta às nossas vidas, além de relatórios e documentos sobre pessoas conhecidas, que não eram interessantes de serem mantidos, por conterem sabe-se lá Deus o quê.

Dentre esses documentos, haviam relatórios sobre personalidades conhecidas por mim, por você, pelos seus filhos e que jamais terão seu conteúdo conhecidos. Desde políticos, passando por arcebispos e chegando até mesmo, e não há de haver espanto nisso, a Vinícius de Moraes e outros compositores que costumam, ou costumavam, incomodar os severos comandantes do SNI. Eles ainda dizem que estão de acordo com a lei.
E que lei é essa, que ajuda os sujos a limparem sua sujeira, sujeira que pelo andar da carruagem jamais poderá ser combatida de frente? Eles ainda possuem um resumo mínimo, apenas para terem o controle do que foi destruído. Duas linhas que ocultam, para sempre, relatos sobre pessoas, assim como eu sou, que em algum momento não foram “boas” o suficiente, dentro do que esses homens acham que é ser “bom” ou “correto”.

Confirmamos que o General Newton Cruz foi uma das pessoas envolvidas na autorização de destruição de tais documentos. Ainda passamos por momentos complicados, tensos, preocupantes e além de tudo, temos que ver, dia após dias, restos de esperança se esvaindo em assinaturas de homens que pensam apenas em si. Que se preocupam mais em esconder fatos que poderiam incomodar alguns militares, como  supostas contas bancárias no exterior ou a infiltração de subversivos no Banco do Brasil do que em restaurar alguma democracia nesse país que deveria ser nosso, de todos os brasileiros.

Continuamos nos perguntando aonde iremos parar, se sobrevivermos a tanta repressão assim. Por enquanto, é o que tenho para mostrar. Continuamos tristes com tanta injustiça, mas não paramos de lutar.

Até breve!

sábado, 22 de setembro de 2012

Pra não dizer que não falei das flores




A canção usada como hino de protesto não orgulha Vandré, que após 04 décadas de isolamento  fora dos acontecimentos fala à televisão brasileira e diz :

Esse Brasil de hoje não é o meu Brasil, hoje se tem um processo de missificação. O Brasil virou cultura de missificação não há lugar para o que eu fazia antes. 
O texto da minha canção não traduz o meu Brasil hoje, as ruas estão cada vez piores, os campos da fome aumentou.

Vandré recusa o rótulo anti- militarista, demonstra  forte frustação com relação a arte  que considera cultura inútil e diz: 

"Consegui ser mais inútil do que qualquer artista: Sou advogado num tempo sem lei." 

Criou sua primeira canção para soldados o que repercutiu em sua carreira,  teve que provar que não era militante político , anistiado por fazer canções como esta perdeu o emprego público como punição do governo. 
  
"Há soldados armados, amados ou não
  Quase todos perdidos de armas na não
  Nos quartéis lhe ensinam uma antiga lição:
  De morrer pela pátria e viver sem razão."

Vandré nunca mais subirá aos palcos no Brasil ... 

Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=TYextKTVePY 

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

O exílio de JK - Expulso de sua própria criação

Brasília, 1964

Foi exilado no dia 13 de junho o ex-presidente Juscelino Kubitschek. Seu amigo, Coronel Affonso Heliodoro, após vê-lo partindo ao exílio em lágrimas, acaba de receber a seguinte mensagem de JK: “Deixo o Brasil porque esta é a melhor forma de exprimir meu protesto contra a violência. Não posso deixar de confessar que viver fora do país, sem saber quando será possível o regresso, é o castigo mais cruel imposto a um homem que só pensava no Brasil”. O exilado encontra-se na capital francesa. Ele diz não querer voltar durante o governo do "Monstro" - como rotula o presidente Castelo Branco.




terça-feira, 18 de setembro de 2012

O Álbum Joia

Bahia, 1975

Oi, aqui é Caetano Veloso de novo, o cantor.
O meu álbum “ Joia” foi censurado porque trazia em sua capa, Eu, minha mulher Dedé e meu filho Moreno, completamente nus, com o desenho de algumas pombas a nos cobrir a genitália. O álbum agora está com uma nova capa, onde restaram apenas as pombas.

Antes:


Depois:


Fonte: http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=11&id_noticia=159935

Deus e o Diabo - Caetano Veloso

Bahia, 1973

Meu nome é Caetano Veloso, sou cantor.
Tive a minha canção “Deus e o Diabo”, vetada por causa do último verso “Dos bofes do meu Brasil”. Me foi sugerido que eu substitua a palavra “bofes”. E um segundo censor menciona os versos “o carnaval é invenção do diabo que Deus abençoou” e “Cidade Maravilhosa/ Dos bofes do meu Brasil”, como ofensivos às tradições religiosas.
E agora, como fica minha canção?

Fonte: http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=11&id_noticia=159935

terça-feira, 11 de setembro de 2012

A verdade sobre a morte do jornalista Vladimir Herzog

São Paulo, 18 de outubro de 2004

Correio Braziliense
(Imagens inéditas do jornalista Vladimir Herzog)

Segundo o o comando do Departamento de Operações de Informações e Centro de Operações de Defesa Interna, o jornalista Vladimir Herzog havia se suicidado na cela em que estava preso no dia 25 de outubro de 1975, porém, as imagens abaixo, encontradas pelo Correio, reforçam a ideia de que Herzog foi torturado antes de ser morto.
Clarice Herzog, viúva do jornalista, confirmou ao Correio Braziliense que as fotos são mesmo do marido.


Falecimento do Jornalista Vladimir Herzog

São Paulo, 26 de outubro de 1975

Nota Oficial do comando do Departamento de Operações de Informações e Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI):

Faleceu ontem o jornalista Vladimir Herzog, de 38 anos, casado, pai de dois filhos e diretor de jornalismo da TV Cultura de São Paulo. Ele cometeu suicídio e foi encontrado enforcado na cela em que estava, nas dependências do 2ª Exército, em São Paulo.